quarta-feira, 6 de maio de 2009

OBSERVATÓRIO SOCIAL É COMANDADO POR EMPRESÁRIOS LIGADOS A ROVER


Na foto: Bagatolli (presidente da ONG) e a juíza Sandra Merenda

O Observatório Social de Vilhena elegeu ontem à noite sua diretoria. Como não poderia deixar de ser, é uma "ONG DE EMPRESÁRIOS" (afinal, nasceu dentro da Associação Comercial e Industrial de Vilhena). O presidente eleito, Jaime Bagatolli, está (seguramente!) entre as maiores fortunas do Estado. É dono de postos de combustíveis e referência no setor de agronegócio.

A entidade tem quatro vice-presidentes, que são: Vilmar Segaspini, Castro Lima de Souza, Heliar Negri (os três também são empresários) e Renato Caron (padre).

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O presidente da OAB/Vilhena, Urano Freire, propôs que o Observatório não constasse em sua diretoria pessoas filiadas a partidos políticos. A proposta foi acatada pela Assembleia. Mas seria muito mais interessante que não se admitissem pessoas ligadas a empresas fornecedores à prefeitura, por exemplo.

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Em tempo: a maioria esmagadora dos presentes apoiou a candidatura do atual prefeito de Vilhena, Zé Rover. Apesar de na reunião de criação da ONG estarem presentes pessoas consideradas "de esquerda" (não ligadas nem a Rover, nem a Donadon) que foram preteridas. Exemplo disso é o médico Newton Pandolpho, paradigma de ética e responsabilidade social (e, sobretudo, de CONHECIMENTO POLÍTICO), que se colocou à disposição para ser um dos vice-presidentes do Observatório.

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No entanto, o presidente da ONG, Jaime Bagatolli, ratificou que as 44 pessoas que compareceram à sessão de instalação da ONG Observatório Social de Vilhena são consideradas sócias-fundadoras da instituição e - todas elas - poderão colaborar nas mais diferentes frentes de trabalho, independentemente de estarem na diretoria.

A maioria dos presentes representava empresas privadas, mas também havia - entre outros - membros da imprensa, da OAB, ACIV e do Poder Judiciário.

Tomando a palavra, a juiza de direito Sandra Merenda louvou a iniciativa e relatou que a Comarca de Vilhena é a campeã no estado em número de ações civis públicas. De acordo com a juíza, é muito importante que a cidade tenha um observatório para acompanhar as atividades do poder público. "Esta iniciativa tem meu apoio como cidadã", ponderou a magistrada.

Um comentário:

  1. Quando um poder não exerce suas funçóes, deixa uma lacuna para que outros a exerçam. Seria bom que os lordes da ACIV também fizessem uso do Observatório para descobrir porque tudo em Vilhena é mais caro do que nas outras cidades.

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